O livro do padre jesuíta, T. de Diego Diez, “Theologia naturalis” (Santander, Ed. Sal Terrae, 1955, p. 429), lista as emoções (paixões, “affectus”) principais.
Deixa claro que não são apenas movimentos da do apetite sensitivo (“actus appetitus sensitivi”), mas também (“sed etiam”) do “apetite racional e voluntário” (“appetitus racionalis seu voluntatis”), logo, são movimentos naturais que até Deus e os anjos têm, pelo menos algumas das emoções e este ponto é examinado por São Tomás.
Por exemplo, a própria Bíblia diz claramente que Deus é amor, ou seja, é tão amoroso, inclinado ao bem dos outros, que é praticamente a personificação da emoção máxima, o Amor. Da mesma forma, Deus é alegre, é desejoso do bem do próximo, tem ódio (aversão, abominação) ao mal etc.
Dividem-se em dois grupos: “concupiscibilis” (“versantur circa bonum et malum …spectata”) e “irascibilis” (“qui versantur circa bonum et malum ut ardua”).
As emoções concupiscíveis são: “amor” (“amor”), “gaudium” (“alegria”), “desiderium” (“desejo”), “odium” (“ódio”, repulsa), “fuga” (“aversio”, aversão) e “tristicia” (“tristeza”).
As emoções irascíveis são: “spes” (“esperança”), “desperatio” (“recessio”, “desespero”), “audacia” (“coragem”), “timor” (“medo”) e “ira” (“ira”).