Pio XII, na “Dacche Piacque” (02.10.1945), destacou que “o sujeito original do poder civil derivado de Deus é o povo (e não a massa)”, sendo esta uma “tese que insignes pensadores cristãos defenderam em todo tempo”.
Ainda neste discurso, lembrou que “no Estado, o sujeito primordial do poder, o juiz supremo, a última instância de apelação” é a “comunidade”, as pessoas, com sua sacralidade (que abarca a consciência, as necessidades, aspirações, interesses etc).
Concluiu que “a fé cristã sabe criar uma verdadeira e própria democracia” e que “essa fé é a única base duradoura desta”, pois cria, no povo, espontaneamente, uma “união de espíritos”, a concordância “ao menos nos princípios fundamentais da vida”, “a unidade na diversidade”.