Suméria, o berço das civilizações

O livro de Colin McEvedy, “Atlas histórico-geográfico universal” (Lisboa, Difel, 1984, p. ), ensina que entre 3000 e 2.800 a.C., houve a unificação política parcial do Egito, com Menés, fixando a capital em Menfis (praticamente no Cairo atual). Então, Colin ensina: “os maiores povoados desta época existiam na Mesopotâmia, onde havia meia dúzia deles – Kish, Lagash, Ur, Uruk, Nippu e Umma – a que se podia com propriedade aplicar a designação de pequenas cidades. O Egito, pelo contrário, era uma terra de aldeias, e mesmo Menfis não teria sido mais do que uma aldeia real”. 

Ou seja, na Suméria, entre o rio Tigre e o Eufrates, já haviam cidades pequenas. No Egito, apenas aldeias pequenas. 

Quanto aos hieróglifos, “nenhuma destas inscrições pode ser classificada como invenção original, pois derivam claramente do sistema cuneiforme sumério, mas o método de escrita egípcio implica o recurso a novos materiais – tinta e uma espécie de papel chamada papiro”. Naquele tempo, as pessoas escreviam em papiro, placas de argila, peles de animais, tabuleiros de cerâmicas e pinturas nas paredes. 

A primeira cidade grande teria sido Uruk, com área de 450 hectares, cercada por um muro. Assim, “Uruk era a praça forte dominante na Suméria, mas também a primeira a que a designação de cidade é apropriada”, tendo uma população de dez a quinze mil habitantes, “em vez dos escassos 4.000 habituais”. 

Na Suméria, já haviam elamitas, semitas, que conviviam com os sumérios.