Os críticos da economia mista erraram. A economia mista é o caminho para superar o capitalismo

Ernst Mandel, fiel aos erros do trotskismo, criticou Paul M. Sweezy (1910-2004) e Paul A. Baran (1910-1964), porque estes dois autores achavam que a economia, depois da segunda guerra mundial, atingira o estágio de capitalismo monopolista, onde a economia se divide entre um setor de pequenas e médias empresas e outro setor de monopólios, inclusive monopólios estatais. Mandel não aceita que a intervenção estatal na economia poderia diminuir as contradições internas do modo de produção capitalista. Vale a pena lembrar que as concepções de Sweezy reprisavam, com diferenças, as ideias do economistas da economia mista.

Mandel, no livro escrito em 1972, estava, na verdade, atacando as ideias de Werner Sombart, que criou a expressão “capitalismo tardio”, para designar o capitalismo organizado, regulamentado e com ampla intervenção do Estado. A meu ver, a forma como o capitalismo será superado é pela intervenção estatal, com estatais, com moderações via legislação, por reformas sociais, graduais. Este é o caminho defendido por Alceu e por muitos socialistas democráticos. Mandel não citou o nome de Sombart, mas os textos de Mandel deixam claro que seu objetivo era atacar Sombart.

Sobre Sombart, vou postar mais textos, inclusive com erros deste economista sobre os judeus, embora o livro de Sombart reconheça os méritos dos judeus na área da economia. Sombart era meio antissemita, mas também soube elogiar a grandeza do povo judeu. Este ponto merece mais desenvolvimento em outras postagens.