O modelo de De Gaulle é bem resumido por Diogo Freitas do Amaral, no livro “História do pensamento político ocidental” (Coimbra, Ed. Almedina, 2011). É um modelo parecido com o sueco, nas linhas de Enst Wigforss, Olof Palme e outros. Próximo do trabalhismo inglês, também. De Gaulle governou a França de 1944 a 1946 e, depois, de 1958 a 1969. O modelo era de uma economia mista, com forte Estado social (“Welfare State”), “com um Estado muito mais intervencionista do que nas ilhas britânicas”. Tinha planejamento público, habitacional, agrícola, industrial, regional etc. Era nacionalista. Era anti colonialista, com política externa independente, longe dos EUA. Acabou com as colônias francesas. Defendeu os camponeses e os pequenos burgueses. Reduziu a jornada de trabalho, criou amplas proteções estatais aos trabalhadores, ao povo. Economia mista, Estado social, democracia participativa, nacionalismo democrático. Eis os pontos importantes de De Gaulle. Até hoje, a França tem um dos melhores IDH do Mundo, um dos melhores padrões de vida. De Gaulle era católico. Queria superar o capitalismo, transformando todas as grandes empresas em estatais ou grandes cooperativas, com amplos direitos aos trabalhadores.