Skinner, o behaviorismo e a Igreja Católica, alguns pontos comuns

Nos melhores textos do psicólogo B. F. Skinner há várias idéias cristãs corretas. Por exemplo, na “utopia” deste autor, no livro “Walden II” (São Paulo, Ed. E.P.U, 1975), que recomendo, Skinner praticamente adota um conjunto de ideias práticas cristãs. A Igreja criticou o behaviorismo, pois esta corrente diz que nega a liberdade humana, mas, há, nesta corrente, várias idéias cristãs e não é possível negar a existência da liberdade humana.

Em seu esboço de utopia, Skinner seguiu a tradição cristã (de Tolstoi, Thoreau, sendo também a de Gandhi), expondo boas e antigas regras para uma sociedade melhor. Vejamos algumas destas idéias, transcrevendo textos de Skinner: “construa um modo de vida no qual as pessoas vivam juntas sem brigar”, baseado na “cooperação ao invés da competição”; “mantenha esse mundo com sanções éticas brandas” (educativas, recuperadores, como frisou Francesco Carnelutti), “ao invés de polícia ou força militar” [a polícia pode existir, mas sem violência, com inteligência e presença comunitária]; “transmita a cultura” usando “uma tecnologia educacional poderosa”; “reduza o trabalho compulsório ao mínimo”; e “experimente” [a história é mestra, como frisou Cícero, pois a experiência do povo é criadora].