A lição dos bispos católicos dos EUA – economia e Estado devem estar a serviço do povo. Democracia popular

Cabe à razão do povo, de todos, com base na observação e na experiência (a análise da natureza humana, das situações e de suas necessidades), formular, como uma fonte viva e dinâmica, as regras do direito natural. Estas regras formam a lista dos direitos humanos, que se amplia na história e devem ser formalizados, positivados em milhares de leis positivas e direitos positivos. Como ensinaram os bispos católicos dos EUA, na “Carta pastoral” de 1984, sobre economia,

o critério moral fundamental de todas as decisões, políticas e instituições econômicas é este: devem estar a serviço de todos, especialmente dos pobres”.

O Estado e a sociedade são criações naturais, frutos da ação humana. Como ensinou Pio XII, em 06.04.1951, o plano de “criar um eficiente organismo político mundial” (um Estado mundial), é algo bom e “nada combina mais com a doutrina tradicional da Igreja, nada está mais de acordo com o seu ponto de vista… sobretudo na situação de hoje. Portanto, é preciso chegar a uma tal organização”, uma “comunidade dos povos”, fruto da “natureza”, do “Criador”. O mesmo raciocínio aplica-se a cada cidade, região ou país. A organização política é algo natural e Deus atua pela mediação da natureza, especialmente pela natureza humana, pela ação livre (autônoma), humana e racional. Toda organização política e econômica devem estar sob o controle do povo. Democracia popular econômica e social, eis as linhas gerais do modelo cristão.