O elogio da razão e do bem comum está claro na pregação dos primeiros cristãos, do “cristianismo primitivo”, que foi elogiado por Marx, Lenin, Engels, Rosa de Luxemburgo, Kaustky, Bebel e outros.
A razão e o bem comum são o núcleo mais profundo da concepção jusnaturalista (cf. Rm 2,14) sobre o poder, ou seja, o poder público deve estar sujeito às idéias do povo, à razão do povo, para o bem do povo. São Paulo valorizou a filosofia e a razão, pois citou verso de Menandro, do livro “Taíde” (“as más companhias corrompem os bons costumes”, citado em I Cor 15,33). São Paulo também cita Arato, texto do livro “Fenômenos” (n. 5), obra inspirada no estoicismo e São Paulo fez isso no discurso no Areópago de Atenas (cf. At 17,28; “nós somos e Sua raça”, filhos de Deus). A própria estrutura das cartas de São Paulo segue a estrutura das “diatribes” estoicas, estrutura que pode ser vista nas “Cartas a Lucílio”, de Sêneca. O uso de alegorias e figuras (cf. Gl 4,22ss; I Cor 10,1ss) também mostra influência estoica.