Democracia popular participativa com economia mista, modelo da Igreja

Os grandes católicos defendem uma democracia popular, social, participativa, econômica, cultural, com prioridade para os interesses dos mais pobres, oprimidos. Estes pontos foram bem expostos por Alceu Amoroso Lima, Paulo Freire, Frei Betto, Luiz Alberto Gómez de Souza, Adolfo Pérez Esquivel, Doroty Day (fundadora do “The Catholic Worker”), o padre José Antônio Ferrer Benimeli (n. 1934), Herbert de Souza, Antônio Cândido, Leonardo Boff, Clodovis Boff, Marcello de Carvalho Azevedo, Hugo Assmann, Gustavo Gutiérrez, José Porfírio Miranda, Ignacio Ellacuría e outros.

Não se trata de uma democracia liberal, e sim de uma democracia sem capitalismo, sem imperialismo, sem latifúndios, uma democracia popular, social, chamada por Marciano Vidal e outros, de socialismo participativo. A democracia “cristã” não pode ser capitalista, pois, como Pio XI constatou, na “Divini Redemptoris”, trata-se de um “regime econômico iníquo, que exercitou seu ruinoso influxo durante várias gerações”. Trata-se de um sistema de economia mista, onde todos tenham pequenos e médios bens, sem miséria, sem grandes ricos, com estatais e um bom e gordo patrimônio público, para ajudar a todos, coordenar a vida social, assegurar o bem comum.