A doutrina da Igreja sempre ensinou que países com milhões de habitantes e até se fossem alguns milhares, precisam de representantes do povo, democracia representativa. Sobre este ponto, basta ver autores como Paulo Bonavides, bom católico. Ou José Afonso. Ou o grande Pontes de Miranda, que morreu como católico e socialista democrático (no fundo, democracia popular e Estado social…..). Ver também o grande Dalmo Dallari, grande quadro da Igreja. Ou Celso Antonio Bandeira de Mello. Luis Pinto Ferreira, também católico e socialista. Barbosa Lima Sobrinho, também nacionalista, católico e trabalhista. Rui Barbosa, que já defendia democracia social nos moldes da doutrina social da Igreja, na candidatura de 1919, apoiada por Alceu. O grande Alceu Amoroso Lima, no livro Política, onde defende economia mista, Estado social, democracia popular etc. Tudo bem tradicional e bom.
Precisa ter alguns elementos de democracia direta, tipo recall, algumas plebiscitos etc. Mas, a base do poder deve ser REPRESENTATIVA mesmo. Como a CNBB explica, sem financiamento empresarial de campanhas, e deve haver campanhas baratas. Nada de corrupção eleitoral, ou seja, ação forte contra corrupção. Com isso, teremos representação passável, que é tudo o que precisamos.