O mercantilismo e o cameralismo defendiam economia mista, no fundo, o mesmo que na Idade Média. O regime econômico das comunas na Idade Média era baseado na economia mista, com amplo patrimônio público municipal. Ao serem criadas as nações, o cameralismo defende a mesma ideia, no plano nacional. Isso fica claro nos textos de São Tomás Morus, de Campanella, de Antônio Serra, de Montchrestien, Colbert e outros expoentes do mercantilismo. As mesmas ideias são depois defendidas por Mably, Diderot e outros autores que defenderam economia mista, inclusive Rousseau, nos projetos de constituição para a Córsega e a Polônia.
As mesmas ideias foram defendidas por List, os cartistas e vários socialistas utópicos antes de Marx. Na Alemanha, também houve autores como Adolph Wagner, professor de ciências financeiras e economia na Universidade de Berlim. Wagner defendia um socialismo de economia mista. Considerava o Estado como instituição de direito e também cultural (educacional) e de bem estar social. O mesmo fazia Schmoller. Os socialistas possibilistas e outros. Esta é a grande corrente do socialismo democrático, da economia mista, do Estado social. Não visa eliminar a propriedade privada, e sim universalizar a pequena e média propriedade (a difusão de pequenos e médios bens) e assegurar gestão social aos grandes bens, especialmente os bens produtivos.