Igreja e estoicismo, amplas ligações boas

Sobre o estoicismo e a Igreja, há bons textos de Selvino Assmann, que passo a transcrever, recomendando muito a leitura deste ótimo escritor:

“É o caso do Pedagogo de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) que repete passagens do estóico Musônio Rufo. Mais explicito é outro pensador cristão importante, SãoJustino (séc. II d.C.): “os estóicos – declara ele – estabeleceram, em moral, princípios justos; os poetas também expressaram alguns, pois a semente do Verbo é inata em todo o gênero humano” (II Apologia, 8, 1). No caso, além de se reconhecer o valor dos estóicos, inclusive se usa sua linguagem: “semente inata do Verbo” é o _logos spermatikós, fórmula estóica utilizada para expressar a ação imanente do logos divino no universo e na razão de cada ser humano (A respeito desta relação, vale a pena ler J. PÉPIN, J. FESTUGIERE, sem esquecer uma obra consagrada como a de J. QUASTEN, Patrologia)”.