Disse o Papa Francisco I, num Congresso de Trabalhadores, em 23.05.2015:
“O aumento da precariedade, do trabalho não declarado e da chantagem da criminalidade faz experimentar, sobretudo entre as jovens gerações, que a falta de trabalho priva da dignidade, impede a plenitude da vida humana e reclama uma resposta solícita e vigorosa. Resposta solícita e vigorosa contra este sistema econômico mundial em cujo centro não estão o homem e a mulher: mas um ídolo, o deus dinheiro. É ele quem manda! E este deus dinheiro destrói, origina a cultura do descartável; descartam-se crianças, porque não se fazem, ou se exploram ou se matam antes de nascer; descartam-se os idosos, porque não acedem a cuidados dignos, não têm remédios, as suas reformas [aposentadorias] são miseráveis… E agora, descartam-se os jovens. Considerai, nesta terra tão generosa, pensai naquele 40%, ou talvez mais, de jovens dos 25 anos para baixo que não têm trabalho: são material de descarte, mas também o sacrifício que esta sociedade, mundana e egoísta, oferece ao deus dinheiro, que está no centro do nosso sistema econômico mundial”.