Francisco I defendendo bolsas, subsídios e Wellfare State, Estado Social. Discurso ao trabalhadores, em 23.05.2015.

Francisco I – “Além disso, a vossa Associação está a enfrentar o tema da luta à pobreza e do empobrecimento da classe média. A proposta de um apoio não só econômico às pessoas abaixo do limite de pobreza absoluta, que também na Itália aumentaram nos últimos anos, pode ser de benefício para toda a sociedade. Ao mesmo tempo, deve ser evitado que escorreguem na pobreza aqueles que até ontem viviam uma vida digna. Nós, nas paróquias, nas Cáritas paroquiais, vemos isto todos os dias: homens ou mulheres que se aproximam um pouco às escondidas porque se tornaram pobres de um mês para outro. E sentem vergonha. E isto acontece... Até ontem tinham uma vida digna… Hoje basta pouco para se tornarem pobres: a perda do trabalho, um idoso que deixou de ser auto-suficiente, uma doença na família, até — pensai no terrível paradoxo — o nascimento de um filho: pode causar tantos problemas, se não se tem um trabalho. É uma importante batalha cultural, considerar o wellfare [Estado Social, do bem estar social] uma infra-estrutura do desenvolvimento e não um custo. Vós podeis servir de coordenação e de motor da «Nova aliança contra a pobreza», que se propõe desenvolver um plano nacional para o trabalho decente e digno.

E por fim, mas não por importância, o vosso compromisso tenha sempre o seu princípio e o seu vínculo naquela a que vós chamais inspiração cristã, e que remete para a fidelidade constante a Jesus Cristo e à Palavra de Deus, para estudar e aplicar a Doutrina social da Igreja em relação aos novos desafios do mundo contemporâneo.

A inspiração cristã e a dimensão popular determinam o modo de compreender e de reactualizar a histórica tríplice fidelidade das ACLI aos trabalhadores, à democracia, à Igreja. A ponto que, no contexto atual, poder-se-ia dizer de certa forma que as vossas três fidelidades históricas — aos trabalhadores, à democracia e à Igreja — se resumem numa nova e sempre actual: fidelidade aos pobres”.

Na Itália, hoje, governa o Partido Democrático, o Margarita, união de católicos socialistas com antigos membros do PCI, socialistas também. Frise-se.