Sexto Empírico, no livrinho “Contra os matemáticos” (VIII, 182 e 184) ensinava uma regra ótima sobre julgamentos. Vamos ver o texto:
“...submetemos atentamente ao exame cada uma das representações concorrentes, como se faz nas assembleias populares, quando o povo examina cada um dos que se apresentam à eleição para governar ou para julgar. A fim de ver se é digno de que lhe seja confiado o ofício de governador ou de juiz. (…)
Do mesmo modo que na vida, quando indagamos sobre um fato de pouca importância [um crime pequeno], interrogamos só uma testemunha, quando o fato é de máxima importância, mais de uma testemunha, e se a coisa nos diz respeito, também cada uma das testemunhas com base nos depoimentos de outras [acareação], assim também, diz Carnéades, nas coisas de poucas importância usamos como critério a representação apenas provável, nas de alguma importância, a não contradita, nas que concernem a felicidade, a examinada em todas as suas partes”.