A Paidéia não é grega no sentido estrito. A Paidéia é uma produção cultural sincrética, com várias fontes, especialmente africanas (egípcias) e asiáticas. A Paidéia, na forma mais conhecida, nasceu principalmente na Jônia, na costa ocidental da Ásia Menor, principalmente em doze cidades (Mileto, Éfeso, Samos, Mios, Priene, Colofon, Fócia, Clasomenéia, Chios, Eritréia, Teos e Lebudos).
A escrita jônia tem origem na Fenícia. A própria filosofia, no sentido histórico, tem origem em Tales, um fenício. Os fenícios eram um povo semita, adorando principalmente “El”, o mesmo Deus dos hebreus e dos cristãos, citado como “El” na Bíblia (basta pensar nos nomes hebreus, como Gabriel, Miguel, Rafael, Daniel e outros, todos com a terminação “El”, em homenagem a Deus). Mais tarde, o estoicismo também nasce com raízes fenícias, como fica claro em Zenão, Crisipo e na maior parte dos estóicos, com origem em Chipre e na Cilícia, onde estava Tarso, a cidade de São Paulo.
O Mediterrâneo estava repleto de cidades que nasceram como colônias fenícias, como Cartago, Útica, Motya (na Sicília), Palermo, Cagliari, Cádiz (na Espanha), Marselha e outras.