Como foi ensinado no documento “Lumen gentium” (n. 31), do Vaticano II,”aos leigos compete, por vocação própria, buscar o Reino de Deus, ocupando-se das coisas temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, no meio de todas e cada uma das atividades e profissões, e nas circunstâncias ordinárias da vida familiar e social, as quais como que tecem a sua existência. Aí os chama Deus a contribuírem do interior, à maneira de fermento, para a santificação do mundo, através do cumprimento do próprio dever”. Aos leigos “compete muito especialmente esclarecer e ordenar todas as coisas temporais, com que estão intimamente comprometidos”.
A doutrina social da Igreja foi exposta usando uma formulação de matriz oriunda da Paidéia, a tradição socrática, platônica, aristotélica e estóica. Esta concepção democrática ensina que a percepção de muitos, especialmente de milhões, é muito mais aguda que o entendimento (o conjunto de idéias) de uma pessoa apenas. Este ponto foi bem exposto por Sócrates, Platão, Aristóteles e pelos estóicos. O apreço cristão por abonações, transcrições, segue os passos de Crisipo, um dos maiores estóicos. E também segue os passos bíblicos, onde a todo momento é feito do elogio do povo, das pessoas comuns.