O Céu é um progresso contínuo, nas palavras de Paulo VI

Acredito que o Céu, que é a plenitude do Reino dos Céus já presente na criação, ou seja, é justamente o desdobramento deste “progresso contínuo”, o desdobrar do diálogo humano, da ação consciente.

O velho Hegel gostaria deste texto e lembraria sua frase: “o vir a ser é a posição do que é o ser na verdade” (cf. “Pequena lógica”). Sobre as acepções do termo “sabedoria”, há textos na mesma linha de Francisco Suárez, no livro “Introducción a la metafísica” (Buenos Aires, Ed. Espasa, 1946, 2ª. edição, p. 140, “diversas acepções da palavra sabedoria”).

A idéia do “Céu” como “progresso contínuo” (cf. Paulo VI) é muito importante, pois o movimento do universo tende, ascensionalmente (cf. Vico) para a união com o Céu (esta união já existe, embrionariamente, o que explica as “dores do parto”), com a renovação e humanização, grau a grau, passo a passo, do universo hoje existente. A união ocorre pela via do diálogo. O destino da humanidade e do universo é um universo consciente, movido pelo diálogo. Os milagres mostram o poder da palavra. A Palavra moverá as pessoas e também as coisas, criando uma esfera de noosfera no universo, humanizando o universo.

O Céu é uma Grande Democracia, uma sociedade movida pelo diálogo fraterno.