O jusnaturalismo ensina que toda lei positiva (todo ato estatal) deve estar em sintonia com a lei natural, com as idéias verdadeiras presentes nas consciências das pessoas, com as ideias práticas do povo. Como explicou Chateaubriand, no livro “O gênio do cristianismo”, a Igreja sempre amou o governo representativo e popular. Há a mesma idéia na Concordata firmada entre o Papa Pio VII e Napoleão, em 1801. A mesma idéia está na longa série de Concordatas, feitas pelo Vaticano com Estados Democráticos, durante os séculos XIX e XX. Há a mesma linha no movimento do Cardeal Agostino Casaroli, na retomada de diálogo entre Igreja e países socialistas, no século XX.
Chateaubriand, no livro “O gênio do cristianismo” (1802), explicou que o cristianismo é a a religião mais poética, a mais favorável à liberdade, às artes, às letras, à ciência, à política, pois “não há nada de mais divino que a sua moral, nada de mais suave e mais profundo que os seus dogmas, a sua doutrina, o seu culto”. O livro “O gênio do cristianismo” teve a honra de ser traduzido para o português pelo grande Camilo Castelo Branco.