A doutrina social da Igreja eh racional, dinâmica, viva, cf. Paulo VI

Paulo VI ressaltou a antiguidade e tradicionalidade da doutrina, ao recomendar a importância da “confiança nos grandes mestres do pensamento cristão”, especialmente os que se pautaram pelos “princípios fundamentais da razão”, que formam “a filosofia perene” (cf. discurso de Bogotá, em 24.08.1968).

A filosofia perene é a filosofia da Paidéia, da Antiguidade. Isso inclui os pensadores da África, da Índia, da China e de outros países. Também abarca a filosofia (as idéias verdadeiras e racionais). Todo o fluxo cultural, o patrimônio cultural anterior, foi recepcionado pela Igreja, estando em harmonia com nossa Tradição hebraica-bíblica e semita. Forma assim, o que se convencionou chamar de “filosofia cristã”. A filosofia cristã é uma síntese de várias idéias racionais gestadas por grandes povos e pensadores, contando com o fermento e o fomento das idéias semitas-hebraicas.

Conclusão: Paulo VI, no discurso na Audiência Geral de 02.07.1969, explicou que “o novo” “na Igreja” não nasce de “ruptura com a Tradição”, e sim da “evolução”, do “incremento” do “patrimônio” cultural acumulado no decorrer dos séculos.

De fato, a doutrina social da Igreja não é nova. Está presente na história da Igreja e também na história da humanidade, mesmo antes do cristianismo e da Revelação de Abraão, Jacob, Moisés e outros Profetas.