Cargos públicos para o máximo de pessoas, caráter semi-público de uma boa sociedade

Chesterton explicou que, “quando entramos numa igreja, Deus nos pede que tiremos o chapéu, mas não a cabeça”. Dom Hélder ensinava que Deus quer homens no Céu, não criaturas emasculadas, covardes, apáticas, mortas-vida, zumbis.  O poder deve ser difundido a todos (quanto mais cargos públicos, melhor), picado (morcilado, de morcilla, salsicha cortada para todos), espalhado, […]

O ideal histórico concreto da ética cristã é uma boa Democracia popular-participativa, amplo Estado social, economia mista

O ideal histórico da ética cristã e do humanismo coincidem: visa construir “formas melhores e mais perfeitas de democracia” popular-social, em harmonia com “a dignidade” da pessoa humana e de sua “vocação à filiação divina” (cf. discurso de Pio XII, em 20.06.1952 e “Mensagem de Natal”, de 1944). No Natal de 1943, Pio XII lembra […]

A tradicionalidade da Teologia da libertação, totalmente ortodoxa

As idéias de militância e participação política, de Santo Agostinho e de Santo Tomás de Aquino, inspiraram as bases da Ação Católica no Brasil, como fica claro nos textos de Alceu e do cardeal Leme (movido pelas idéias de Pio XI). Estas ideias respaldaram as grandes reformas sociais feitas pelo Trabalhismo nacionalista, no Brasil, pelo […]

Dalmo Dallari, jurista católico, recomenda publicização das atividades sociais, economia mista, expansão do Estado

A ampliação do papel do Estado na economia foi sempre recomendada por juristas ligados à Igreja. Um bom exemplo é Dalmo de Abreu Dallari, que escreveu, no livro “O renascer do Direito” (São Paulo, editor José Bushatsky, 1976, p. 174): “um dado comum a todas as experiências é a publicização das atividades sociais, que leva, […]

Economia mista, no “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”, do Vaticano

O Vaticano, pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, editou o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja” (São Paulo, Ed. Paulinas, 2005, item 356, p. 205), onde fica claro que a economia deve ter um caráter semi-público, misto. O texto do Vaticano diz: “o sistema econômico-social deve ser caracterizado pela co-presença de ação pública e privada, […]

O Estado social deve promover os direitos econômicos, sociais e culturais de todas as pessoas

O Estado legítimo é o que assegura e realiza os direitos humanos naturais, especialmente os direitos humanos naturais econômicos e sociais. Este ponto consta no artigo 22 da “Declaração Universal dos direitos do homem” (aceita por quase todos os países e tendo a chancela de João XXIII, na “Pacem in terris”, onde este papa explicitou […]

Kautsky defendeu socialismo com pequenas empresas familiares e direito de moradia para todos. Economia mista

Karl Kautsky, praticamente o sucessor de Engels, no livro “A questão agrária” (Brasília, Instituto Teotônio Vilela, 1998, pp. 573-586, praticamente na conclusão do livro), defendeu um socialismo com estatização apenas dos grandes meios de produção.  Kautsky mostra que um socialismo é possível com milhões de camponeses com propriedades familiares, com artesãos, com milhões de pequenas […]

Teoria do bem estar comum, de Michael Hardt e Antonio Negri, próxima da doutrina da Igreja

O livro “Bem estar comum” (Rio, Ed. Record, 2016), de Michael Hardt e Antonio Negri, também esboça um ideal bem perto da Doutrina social da Igreja. O livro defende uma sociedade com economia mista, nem capitalista e nem socialista, nem público e nem privado, um sistema econômico semi-público, comum, pautado pelo primado do trabalho e […]

Doutrina da Igreja admite socialismos democráticos, com economia mista, liberdades

Os bispos católicos das Antilhas explicaram isso corretamente. A Conferência Episcopal das Antilhas, em 21.11.1975, escreveram: “Deus revelou-se como Libertador do oprimido e defensor do pobre… A Igreja não deve condenar indiscriminadamente todos os tipos de socialismo… Nenhum sistema socialista é aceitável se ele destrói os direitos fundamentais do indivíduo… Longe de destruí-los, o verdadeiro […]

Economia mista, defendida por Buchez, Ketteler, Pesch, Liberatore e Haring

O padre Heinrich Pesch (1854-1926), um grande padre jesuíta e economista, adotou o nome de solidarismo, para sua síntese da doutrina social da Igreja. Um nome já adotado pelo melhor do socialismo possibilista e democrático, com Renouvier, Bourgeois, Peguy, Paul Magnaud (“o bom juiz”, compassivo) e outros.  Pesch queria um sistema misto, como foi proposto […]