A doutrina da Igreja sempre defendeu trabalhadores, inclusive micros e pequenos produtores

Livros como o “Tratado da República” (1521), do Frei trinitário (ordem destinado à redenção, libertação, dos cativos) Alonso de Castrillo, mostram a relação entre o movimento das comunas desde o século XI (um movimento elogiadíssimo por Kropotkin) e a luta pela democratização do Estado.

Frei Alonso destacava a igualdade de todas as pessoas e a importância das regras estatais serem consensuais, racionais e benéficas a todos.

Criticava a perpetuidade dos mandos, ensinando que o agente público deve “dar contas de como governa”, prestar contas à sociedade. Ensinava que a difusão de bens era o caminho correto.

Como Marx, viu que a parte boa da economia medieval era formada por milhões de camponeses livres, de artesãos e outros micro e pequenos trabalhadores. A parte má era o latifúndio.

Os “nobres” eram os grandes fazendeiros, que vivem armados, iguais ao figurino de BozoNazi.

Esta parte tinha mesmo de ser erradicada.

Outra parte má eram os banqueiros, que a Igreja e o Estado cerceavam e a própria Igreja defendia os “Montes de piedade”, espécies de bancos públicos, que cobravam apenas taxas administrativas, sem usura.

No livro “Da vida civil (1430), de Matteo Palmieri (1405-1475) há a mesma base bíblica, tal como no melhor da Paidéia, especialmente Platão, Aristóteles, Cícero, Plutarco, Quintiliano e outros.

Ou seja, as bases sempre atuais do humanismo católico, fundado no humanismo da Paidéia e no humanismo hebraico.