Pio IX, em 1864, já deixava claro que o Estado deve INTERVIR na economia, economia mista

Em 1864, na encíclica “Quanta cura”, de 08.12.1864, Pio IX condenou a seguinte proposição: “A Igreja nada deve ordenar [ensinar regras éticas e jurídicas] que restrinja as consciências dos fiéis, com respeito ao USO das coisas temporais”.

A Igreja ensina que a Igreja e o Estado devem criar REGRAS para fixar limites no uso e na distribuição dos bens, para que os bens sejam distribuídos a todos, e só sejam usados para o bem comum, sem exploração, sem reificação.

O Estado é o gerente do bem comum.

O Estado deve ter AMPLA INTERVENÇÃO na economia, para assegurar isso, via tributos, subsídios, estatais, regras, planos estatais, gastos públicos etc.

Como explicou João Camilo de Oliveira Torres, faz parte da Tradição do Brasil, ter ECONOMIA MISTA, ter várias estatais.

ESTATAIS ESSENCIAIS, como o Banco do Brasil, criado em 1808; a CEF, criada em 12.01.1861; e as ferrovias estatais, que geram a Rede Ferroviária Federal (precedida pela E.F. Central do Brasil e outras ótimas Ferrovias, criadas em boa parte por Getúlio Vargas); o Lloyd Brasileiro e a Companhia Costeira (quase toda a navegação mercantil era estatal no tempo de Getúlio Vargas); a rede de Portos Estatais; a Petrobrás; a CSN, Cosipa, Usiminas e outras siderúrgicas estatais; a Vale do Rio Doce; as HIDRELÉTRICAS do Brasil (um grande feito, planejadas por Getúlio); a Rede de Aeroportos Estatais; o Correio Nacional, em 1808; o Museu Nacional (em 1808, que temer golpista deixou queimar, pelos cortes de verbas); a Companhia Álcalis; os Institutos na Agricultura; a Rede de Silos e Armazéns estatais para as colheitas; o DNOCs; e outras estatais essenciais para um bom socialismo brasileiro.