Brasil é o terceiro país que mais ENCARCERA. Temos um Campo de Concentração para pobres negros deserdados

Tirei este texto do Programa do PSOl de Boulos, que foi inspirado na Pastoral Carcerária. Concordo totalmente, só achando que o texto é aguado e insuficiente, pois não descreve a DESGRAÇA e o GENOCÍDIO de milhões de pessoas pobres jogadas nos CATIVEIROS:

O Brasil ocupa hoje a 3ª posição em encarceramento, com 726 mil presos, atrás apenas dos Estados Unidos e da China (Infopen, 2017).

“Nas penitenciárias, 12% cumprem pena por homicídioaproximadamente 40% estão em prisão provisória.

Quando julgados, em torno de 30% dos que estiveram em prisão provisória são inocentados. 28% é composto por aqueles que cumprem pena por transgressões às leis de drogas.

“Não se trata dos chamados “traficantes”, fortemente armados, que se impõem pela força sobre comunidades. Trata se sobretudo dos varejistas das substâncias ilícitas, presos em flagrante, sem armas, sem praticarem violência e sem vínculos orgânicos com organizações criminosas.

“A despeito disso, são condenados a pelo menos cinco anos, em regime fechado

“Lamentavelmente, quando se trata de segurança pública, dilui-se a ideologia política em nome do envelhecido discurso da “ordem”, de forma que ampla parte do campo à esquerda tem apresentado as mesmas propostas da direita, fundamentadas quase que exclusivamente na repressão policial e ostensiva que, na prática, chega a conceber garantias sociais como obstáculos para a realização da segurança.

Contra essa retórica penal e excludente do direito à liberdade, inclusive de ir e vir, e à segurança, afirmamos que a destituição de direitos – com o consequente abandono das áreas mais afetadas pela dinâmica do capital e a lógica hiperconsumista e individualista – intensifica os conflitos e fragiliza os laços sociais, gerando uma hierarquização do valor da vida.

Não será, portanto, a resposta repressiva e militarizada de sempre que contribuirá para a redução dos alarmantes índices de violência no Brasil

“Deve-se ainda ressaltar que estas mesmas práticas não são dirigidas à toda a população, indistintamente. A atual política criminal seleciona, dentre todos que entram em conflito com a lei, aqueles e aquelas que devem sentir o peso do punho de ferro do Estado Penalo complemento necessário da mão invisível do Mercado -, seja por meio do encarceramento massivo e da humilhação dos mandados de busca e apreensão coletiva, que por vezes alcançam comunidade inteiras, seja pela concepção equivocada”.