Um bom texto realista de Frederico Engels, o maior amigo de Marx

No final da vida, Engels escreveu vários ensaios pequenos sobre o “cristianismo primitivo” e também reconheceu que:

a situação econômica é a base, mas os diversos elementos da superestrutura–formas políticas da luta de classes e seus resultados, a saber:

“constituições estabelecidas pela classe vitoriosa após uma batalha etc,

“fórmulas jurídicas e até mesmo reflexos de todas essas lutas no cérebro dos participantes delas, teorias políticas, jurídicas, filosóficas, pontos de vista religiosos e seus desenvolvimentos em sistemas de dogmas–

“também exercem influência sobre o curso das lutas históricas e, em muitos casos, são preponderantes na determinação de sua forma.

“Há uma interação de todos esses elementos, na qual, por entre a infindável coorte de acidentes (isto é, coisas e acontecimentos cuja conexão íntima é tão remota ou tão impossível de provar que podemos tê-la como não-existente, desprezível), o movimento econômico afirma-se finalmente como necessário”.

Rosa de Luxemburgo, Lukács, Gramsci, Sartre, Garaudy e outros destacaram o papel da consciência, da cultura, das formas jurídicas e das idéias no processo histórico, reaproximando o “marxismo” das idéias cristãs e clássicas.