Charles Darwin nunca foi ateu e escreveu textos sobre Deus, em suas principais obras

Darwin, em suas próprias palavras, NUNCA foi ateu, nunca negou a existência de Deus.

Para provar esta afirmativa, basta considerar que Darwin escreveu, em sua principal obra, textos sobre a maravilha da criação e fala de Deus.

E mais, pouco antes de morrer, Charles Darwin, numa carta, em 1879, diz EXPRESSAMENTE E CLARAMENTE que “não cheguei nunca ao ateísmo” (publicada no livro “Vida e correspondência”, livro editado em Paris, em 1888). Vejamos as palavras de Darwin, em 1879:

Quaisquer que sejam minhas convicções sobre este ponto, não podem ter importância, exceto somente para mim. (…) Posso assegurar que meu juízo sofre frequentemente flutuações (…) Em minhas maiores oscilações não cheguei nunca ao ateísmo no verdadeiro sentido da palavra, quer dizer, a negar a existência de Deus.

“Eu penso que, em geral (e sobretudo a medida em que envelheço), a descrição mais exata de meu estado de espírito é a do agnosticismo”.

O “agnosticismo”, em geral, não negava a existência de Deus.

O agnosticismo apenas ressaltava que a mente humana pode apreender muito pouco sobre Deus. A própria Teologia católica ensina o mesmo. A Revelação não é total e nem exaure. Há muita coisa sobre Deus, nossa alma, o futuro que não foi dito expressamente na Revelação.

A mente humana pode chegar a formar idéias válidas sobre Deus, sobre a ética, mas não ideias que exaurem, ficando muito na esfera do mistério, para futuras descobertas. 

O paleontólogo Stephen Jay Gould (1941-2002) escreveu o livro “Pilares do tempo” (Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2002) demonstrando a coexistência natural e benéfica entre a ciência e a religião.

A ciência examina o mundo natural e a religião tem como objeto o universo moral. Esta divisão não é tão exata, pois a ciência também pode e deve gerar juízos éticos.

O neopositivismo é que erra totalmente ao proibir juízos éticos (valorativos).

Einstein, Max Planck, Werner Heisenberg, Ilya Prigogine, Wolfgang Pauli e a maioria dos grandes cientistas afirmaram corretamente que a ciência e a religião são compatíveis e complementares.