Jackson de Figueiredo, Arthur Bernardes e Getúlio Vargas, três grandes nacionalistas e trabalhistas

O velho Jackson de Figueiredo, nacionalista e anti-liberal, ensinava corretamente que não via problema algum na ampliação da intervenção do Estado, desde que sujeita ao povo, ou seja, à ética e ao bem comum.

Como foi ensinado por João XXIII, esta ampliação da intervenção estatal é uma das bases fundamentais para a promoção do bem comum.

Jackson apoiou o católico Arthur Bernardes, pelo nacionalismo defendido por este político católico, que teve o mérito (apesar dos erros graves contra a democracia) de ter impedido que a multinacional Itabira Iron (formada por bancos internacionais privados e asseclas no Brasil, como vou explicar em outra parte) controlasse as minas de ferro em Minas Gerais.

Arthur Bernardes é um dos pais da Vale do Rio Doce (formada com base no minério mineiro) e, assim, indiretamente, também da Companhia Siderúrgica Nacional, que trabalhava com este minério. Estas empresas deveriam ser reestatizadas, tal como o sistema telefônico etc.

Arthur Bernardes participou da revolução de 1930. Lutou pela reconstitucionalização. Defendeu as teses nacionalistas, foi um dos pais da Petrobrás, denunciou os planos de internacionalização da Amazônia, participou da Frente Parlamentar Nacionalista etc.

No governo de Arthur Bernardes houve erros graves, na década de 20. O movimento tenentista criticou corretamente estes erros. Dentre os tenentistas, destacou-se Luís Carlos Prestes, especialmente no comando da Coluna Prestes. Tudo indica que, na época, Prestes tinha fé religiosa, mesclada ao positivismo, pois somente aderiu ao marxismo lá por 1931.

As lutas nacionalistas de Bernardes terminaram por atenuar a responsabilidade de alguns de seus erros. Mais tarde, o nacionalismo econômico de Bernardes é incorporado pelo nacionalismo econômico de Getúlio Vargas (bem explicitado na magnífica “Carta Testamento”), notadamente, no segundo governo (e também no queremismo, na Lei Malaia etc).

O nacionalismo e trabalhismo destes dois políticos atenuam seus erros contra a democracia e as liberdades públicas, nos períodos de 1923 a 1926 e 1937 a 1945.