A DIFERENÇA entre pobreza evangélica, moderação, e MISÉRIA, um mal a ser combatido e erradicado

Pio XII, na carta “Dilecti Fili” (“Amados filhos”), em 18.10.1949, lembrou a DIFERENÇA entre duas coisas totalmente diferentes, a POBREZA EVANGÉLICA e a MISÉRIA. 

A POBREZA EVANGÉLICA é uma virtude, é ser despreendido, bondoso. Nos termos do Papa, “é um bem, é amiga da virtude e se contenta com pouco”, significa não ser CONSUMISTA, não ser ambicioso, amar a VIDA SIMPLES, gastos simples, não querer dedicar todo o tempo a juntar bens, querer ter os bens suficientes para uma vida feliz, próspera, útil a si mesmo, a sua família e a sociedade.

Uma sociedade socialista é formada por pessoas com bens privados moderados, ponto que Rousseau e Mably, tal como a Bíblia, Platão e Aristóteles, defendiam. 

Uma sociedade pautada pela regra da pobreza evangélica é uma sociedade IGUALITÁRIA, MEDIANIA, sem MISÉRIA e sem grandes fortunas privadas. 

A “MISÉRIA”, nas palavras do Papa, é um mal, deve ser “perseguida”, combatida, “abolida”, erradicada. 

O Papa acrescentou: o Estado, por causa da justiça social, deve operar, agir, “regulando convenientemente a DISTRIBUIÇÃO e o USO das riquezas, de maneira que não se concentrem excessivamente num lugar, e não faltem totalmente em outro; de fato, as riquezas [bens] são o sangue da comunidade humana e devem circular normalmente entre todos os membros do corpo social”.