Os ideais éticos sociais do Cristianismo e das grandes religiões da humanidade

O capitalismo, o imperialismo e o latifúndio devem ser superados.

Isso não significa eliminar o direito de propriedade, e sim difundi-lo, mas pequeno, difuso, para todos, sem miséria e sem grandes fortunas privadas, com amplo Estado econômico e social, controlado pelo povo, organizado na base, em milhões de entidades de base, que controlem o Estado, que reduzam o Estado ao papel correto de servo, de um órgão (organização) a serviço da sociedade, do povo. 

O correto é uma boa economia mista, um amplo Estado social com democracia popular participativa, milhões de propriedades pequenas (casas e terrenos para as famílias), micronegócios, pequenos negócios familiares, propriedade campesina, agricultura camponesa, milhões de pequenos empresários, prestadores de serviços, de artesões, artistas, com boas estatais e cooperativismo amplo e difuso.

O neoliberalismo é pura idolatria, pela perversa inversão de valores.

O capitalismo tem como base a idolatria do bezerro de ouro, de Mamon, Moloch, pois vive do culto da avareza, que é a raiz de todos os males.

Cristo, se tivesse se encarnado em nosso tempo, usaria o chicote contra os banqueiros (“cambistas”) e “comerciantes” que profanam o principal Templo de Deus, os corações e as inteligências dos humildes, do povo.

Um mundo pervertido com estruturas iníquas, onde “apenas quatro cidadãos dos EUA – Bill Gates, Larry Ellison, Warren Buffett, e Paul Allen – possuem, juntos, uma fortuna superior à soma das riquezas de 42 países do mundo, habitados por 600 milhões de pessoas” (texto genial de Frei Betto) é um mundo com iniquidades e violências institucionalizadas que deve ser radicalmente alterado.

Cada ser humano é um nó de relações – consigo, com os outros, com a natureza e com Deus.

A ética cristã e natural exige uma forma de socialismo participativo, personalizante, comunitário, cooperativo, democracia popular, economia mista, campesino e distributista.