Número de bilionários no mundo está em 2.4723, segundo revista Carta Capital. Um bando de VERMES sanguessugas….

A população de bilionários e a sua riqueza subiram para níveis recorde no ano passado, mostra o censo de 2018 realizado pela consultoria Wealth-X divulgado na sexta-feira 18. Impulsionada por um início de recuperação na economia mundial e por altas nos mercados de ações, a fortuna do punhado mais privilegiado da humanidade cresceu 24%, para o patamar sem precedentes de 9,2 trilhões de dólares.

O contingente de bilionários aumentou de 2.473 indivíduos, o pico histórico atingido em 2015, para 2.754 pessoas, numa elevação de 15%. A evolução, cabe acrescentar, corresponde ao tingimento de extremos de desigualdade de renda no planeta.

A quantidade de super-ricos expandiu-se em 29% na região da Ásia-Pacífico, quase três vezes mais que o avanço de 11% nas Américas e mais do triplo dos 9% registrados no conjunto Europa, Oriente Médio e África (EMEA, na sigla em inglês). A Ásia tem agora 784 bilionários, ultrapassando pela primeira vez a América do Norte, que totalizou 727 em 2017.

A riqueza dos bilionários cresceu com maior rapidez do que a população de hiper-abonados em todas as regiões, em um fenômeno que talvez pudesse ser chamado de concentração dentro da concentração. Na Ásia-Pacífico aumentou quase 50%, após quedas modestas em 2016 e superando as variações positivas registradas nas Américas, de 22% e no conjunto Europa, Oriente Médio e África, de 12%.

O crescimento significativo na riqueza bilionária global foi impulsionado, segundo os autores da pesquisa, pelo desempenho do mercado acionário e pelas taxas de câmbio relativamente estáveis em relação ao dólar americano.

Os bilionários se beneficiaram portanto daquilo que vem sendo apontado como uma nova bolha financeira nas bolsas e no mercado de títulos em geral e por uma situação cambial que mudou por completo em 2018.  

Quanto ao desempenho por país, China e Índia se mostraram imbatíveis quanto a velocidade do crescimento do número e da fortuna do grupo situado no topo da renda. Embora os Estados Unidos continuem a ser “a força dominante”, nos termos utilizados pelos autores do levantamento, seis dos dez principais países analisados mostraram uma evolução mais rápida do que os EUA na quantidade de bilionários, enquanto que em quatro deles o destaque foi a expansão da riqueza conjunta a uma taxa maior que aquela verificada nos demais.

O Reino Unido foi “o único país dentre os dez do topo em que houve declínio tanto do número de bilionários como da sua riqueza líquida combinada”, constataram os pesquisadores, um resultado que não deve estar dissociado do Brexit e dos seus efeitos na movimentação de patrimônio.  

Chamou atenção dos responsáveis pelo levantamento a variação positiva constante da fatia das mulheres, que engordaram seus patrimônios tanto com heranças como por meio da criação de riqueza própria, com um maior grau de empreendimentos de risco.

Por gênero, o número de bilionárias aumentou 18% em 2017, acima do crescimento de 14,5% da parcela masculina e essa evolução mais expressiva ampliou a participação feminina para 11,7% do total.