Algumas linhas do socialismo distributista, economia mista, da doutrina social da Igreja

A doutrina social da Igreja é baseada em princípios (premissas, regras essenciais) fundamentais, como a destinação universal dos bens (a cada um de acordo com suas necessidades, frase bíblica, de At 4,32 e outros textos), o primado da pessoa, da dignidade humana, do trabalho humano etc.

Estas regras gerais, nas condições atuais, postulam uma economia mista, com destinação universal dos bens, distributismo, formas de distribuição dos bens, por ação estatal.

A Doutrina da Igreja nunca aceitou a concepção mecanicista-atomística, da sociedade, a fórmula da fisiocracia, o laissez faire, laissez passer. A igreja sempre defendeu amplo Estado social, dirigismo, intervencionismo, planificação geral, regional, local, setorial etc.

A Igreja também defende a estatização dos grandes bens produtivos.

E a Igreja se bate por um Estado democrático, com participação do povo na gestão. Esta era a teoria exposta pelos Santos Padres, por São Tomás, por Suarez, também adotada pelo padre Vieira, numa forma de “socialismo” cristão, como constatou João Camilo de Oliveira Torres, em várias obras.

O padre Vieira elogiava as estatais, queria uma espécie de estatização dos bancos, advogava por formas de regulamentação pública da economia, tal como era inimigo mortal da escravidão, lutando contra os escravocratas e obtendo a condenação papal à escravidão.