Um elogio de Karl Marx a Igreja Católica, no Livro III de O Capital, p. 660, Edição Boitempo

No III Livro de O Capital, na p. 660, Karl Marx escreveu sobre a Igreja Católica, na Idade Média, e disse – “…o fato de que, na Idade Média, a Igreja formasse sua hierarquia com OS MELHORES CÉREBROS DO POVO, SEM levar em conta estamento, nascimento ou patrimônio, foi um dos principais meios de consolidação do domínio eclesiástico”.

Está na última edição, da Boitempo.

OU seja, Marx elogia a Igreja, na Idade Média, e o mesmo vale também depois e hoje, por recrutar “os melhores cérebros do povo”, “sem levar em conta estamento, nascimento ou patrimônio”.

Até na Idade Média, a cúpula da Igreja, a Hierarquia da Igreja, e o mesmo vale para a base (baixo clero e leigos), era formada por pessoas recrutadas no povo, “os melhores cérebros do povo”, expressão de Marx.

É um grande elogio. O principal “meio” do “domínio eclesiástico” seria a composição popular, recrutada “sem levar em conta estamento, nascimento ou patrimônio”.

Marx nasceu em Treves, cidade da Renânia, onde praticamente 90% das pessoas eram e ainda são católicas.

Marx estudou, dos doze aos dezessete anos, num Ginásio que tinha sido Colégio Jesuíta, e onde seus colegas eram quase todos católicos. Vários destes colegas eram seminaristas católicos, inclusive um deles seria, depois, o Arcebispo de Treves.

Mesmo na família de Marx, existiam rabinos, protestantes e um tio (irmão de seu pai) que era católico.