O ideal terceiro mundista da Igreja, de um grande Estado social e econômico

O Episcopado do Paraguai, em 08.03.1975, também ensinou que “a Igreja, profundamente identificada com a alma e as aspirações do povo paraguaio, está sempre procurando o bem de todo o país… fiel à sua missão evangelizadora e defensora do homem e sua dignidade”.

O bispo Fernando Lugo representava mesmo os leigos católicos, em busca de um socialismo popular, um grande Estado social, com muitas estatais, nacionalista, cooperativista, popular, economia mista, trabalhista, com primado do trabalho, do povo. 

No Haiti, os católicos apoiaram o Projeto do padre Jean Bertrand Aristides. 

Pela mesma razão, o Episcopado, no Peru, apoiou as reformas feitas e propostas pelo General Velazco Alvarado, que teve o amplo apoio dos comunistas e de homens como Neiva Moreira, no Brasil, dirigente da revista “Cadernos do terceiro mundo”.

Na Argentina, os católicos apoiaram Peron, Eva Perón, o peronismo.

No Brasil, os católicos apoiaram o nacionalismo, o trabalhismo, o getulismo, o populismo.

Na Escandinávia e no Reino Unido, tal como na Austrália, Nova Zelandia, Canadá e países da África, a Igreja apoiou os partidos trabalhistas nacionalistas, socialistas democráticos. 

A expressão “terceiro mundo” foi consagrada na Conferência de Bandung, em 18.04.1955, que reuniu 25 países, como o Egito com Gamal Abdel Nasser (1918-1970), a Índia com Jawaharlal Nehru (1889-1964), a Iugoslávia com o Marechal Tito (que visitou Paulo VI, em 29.03.1971) , a Indonésia, a Birmânia, o Ceilão (atual “Sri Lanka”), o Paquistão e outros.

O movimento do “terceiro mundo” teve o apoio da Igreja e sempre busca a erradicação da oligarquia, do latifúndio, do imperialismo e do capitalismo.