Toda a vida é auto educação, é educação para a libertação, união com Deus

Cada pessoa deve ser protegida por esferas de proteções estatais, de direitos positivos, que assegurem condições de vida digna para todos, que cingem a ação estatal, vinculando o Estado ao bem de cada pessoa e de toda a sociedade. O próprio Hegel viu isso, apontando que o Estado deve servir ao espírito objetivo, à sociedade. 

João Paulo II, na “Familiaris Consortio” (22.11.1981, n. 44), com estas premissas, ensinou que as pessoas, tal como “as famílias”, “devem crescer na consciência de ser protagonistas” (sujeito na história, libertação), em todas as esferas, especialmente nas relações “políticas” e “familiar”. Cabe a cada pessoa o direito e o dever (“responsabilidade”) “de transformar a sociedade”, atuando como sujeito ativo, único e irrepetível, com missão (música) própria no concerto mundial.

A pedagogia cristã ensina que a educação das consciências (para a libertação, autonomia, diálogo), o trabalho principal de Deus e da Igreja, é uma educação libertadora, para a autonomia, a autodeterminação, ponto bem frisado por Paulo Freire, por São João Bosco e também por Maria Montessori (1870-1952, no livro “Autoeducação na escola elementar”).

Toda a atividade do Estado deve promover o desenvolvimento da personalidade humana, o que é a mesma finalidade da educação: “o pleno desenvolvimento da personalidade humana e do respeito aos direitos e liberdades fundamentais” (cf. “Declaração Universal dos Direitos Humanos”).