Reduzir a idade penal é medida FASCISTA, de genocídio e escravidão

Colhi o artigo EXCELENTE no site do Coletivominervino:

NÃO, NÃO, NÃO A REDUÇÃO!

A classe trabalhadora nos últimos tempos tem sido vitima de um malabarismo histérico e maquiavélico, principalmente por parte da grande mídia, acerca de um tema bem inflamado, a redução da maioridade penal.

A população é bombardeada diariamente por programas policiais sensacionalistas que supostamente clamam pela segurança do “cidadão de bem”, denunciando diariamente a “brutalidade”, “violência” e “maldade” dos menores infratores.

Os arautos [falsos até a medula…] da segurança brasileira estudam e investigam minuciosamente os casos mais violentos, reservam as situações mais macabras para que choquem a população e como consequência criam um sentimento de revolta e pânico contra nós mesmos, contra nossos filhos, sobretudo pretos (as) da periferia.

Mas nós alertamos, não vamos nos deixar cair por argumentos irracionais, quando os dados da organização das nações unidas no Brasil mostram que, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, 0,13% apenas, cometeram atos contra a vida e que desses jovens, na faixa de 16 a 18 anos, 0,9% deles (as), são responsáveis pelos crimes praticados no Brasil.

E para que não sobrem margens de dúvida, tem mais. Nove dos países mais seguros do mundo (Áustria, Nova Zelândia, Austrália, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Irlanda, Islândia e Noruega) não tiveram necessidade de reduzir a maioridade penal, além do que, segundo o Ministério da Justiça, crimes contra o patrimônio (como roubo e furto) representam 43,7% dos crimes cometidos por jovens em medida socioeducativa, envolvimento com o tráfico de drogas representam 26,6%, agora homicídio são apenas 8,4% dos crimes e latrocínio 1,9%.

Agora, o principal elemento da nossa crítica à redução da maioridade penal é o massacre que irá causar à juventude negra, lembrando que, segundo estudo da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) os negros são 72% da população carcerária do país (um total de 607 mil presos, 4ª maior população carcerária do mundo).
De acordo com o mapa da violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais – FLACSO, morrem 5% mais jovens negros que brancos, dos 36,5% de jovens assassinados, a grande maioria é negra, os enquadrados preferencialmente são negros, os eventuais suspeitos são negros, a mais explorada e subjugada é a população negra.
O sistema capitalista e a sua “democracia” neoliberal deformada, concentra a maior parte da riqueza do país nas mãos de 0,5% [erro, é 0,01%, é mais concentrado ainda…] da nossa população, reservando a população negra os piores empregos, as piores condições de moradia, o mais restrito acesso a educação.
O proletariado negro paulistano, por exemplo, recebe em média R$ 7,98 por hora, em contrapartida o proletário não negro recebe R$ 12,22 em média, e a proletária negra então, recebe R$ 6,00.
Nos últimos meses a classe trabalhadora só vem tomando martelada com ajustes fiscais, criaram mais barreiras de acesso ao seguro-desemprego, “flexibilização” da aposentadoria e a aprovação da PL 4330/2004 da terceirização sem limites, na câmara dos deputados, então, o que faremos quanto a isso? Sentar e assistir?
É necessária a unidade de todos os movimentos sociais, ONGs, partidos políticos, entidades sindicais, movimento estudantil, movimento negro e todos (as) dispostos (as) a travar essa luta, numa ampla frente contra a redução, aos moldes das frentes antifascistas pela história, não vamos permitir esse retrocesso, primeiro escravizaram e agora querem encarcerar.

O coletivo Minervino de Oliveira está presente nessa luta, com toda sua força, suor e sangue!

Vigiai e Lutai!”.