A boa crítica ao capitalismo, de João XXIII, na “Mater et magistra”, 1961

João XXIII, na “Mater et Magistra” (n. 10), condenou o capitalismo pelo “conceito naturalista” (dos fisiocratas, laissez faire, laissez passer) “do mundo econômico”, que ensina que “o Estado deve abster-se de qualquer intervenção no campo econômico”.

A Igreja ensina, ao contrário, que a economia deve ser regulada racionalmente e eticamente, que deve haver a “presença do Estado no campo econômico”.

Esta presença deve ser “ampla e penetrante”, para “garantir” “a maior amplidão possível” da verdadeira liberdade, “protegendo efetivamente, em favor de todos e de cada um [cada pessoa], os direitos essenciais da pessoa humana” (especialmente direitos sociais e econômicos, mas também civis, políticos, culturais , ambientais etc), ou seja, proteger e promover o bem comum, a realização dos direitos humanos naturais.

O Estado deve ser um meio (cf. lição de Ataliba Nogueira), um instrumento, para a realização do ser humano, do bem comum. Destaco que, ao citar Ataliba Nogueira, o faço com críticas às suas idéias anti cristãs de pena de morte.