Um livro horrível – “Agradeça aos agrotóxicos”, de Nicholas Vital

Eu já li vários livros grotescos de apologia dos ricos ou da exploração. No entanto, apologia de agrotóxicos, isso, é algo mais maligno, pois é apologia do envenenamento dos pobres. 

O livro “Agradeça aos agrotóxicos por estar vivo”, de Nicholas Vital, da Ed. Record, é simplesmente uma apologia dos venenos agrícolas, dos agrotóxicos. 

Papiniano, um grande jurista romano, foi morto por se recusar a fazer a apologia de atos macabros de Imperadores pagãos, dizendo que elogiar o crime era até pior que cometer crimes. O livro de Nicholas Vital é isso, uma apologia do veneno agrícola.

A Máfia dos agrotóxicos, a  indústria de agrotóxicos, agradece muito, claro.

O livro tem a cara de pau de diminuir o problema, dizendo que nossa agricultura é quase toda limpa, e que o problema dos agrotóxicos não existe, é solução, são benéficos, na visão do agronegócio, esposada pelo autor. 

O autor agradece principalmente Alysson Paulinelli, ex Ministro da Agricultura, “pai da revolução verde no Brasil”, Ministro da Agricultura de Geisel, de 1974 a 1979, e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, a entidade dos latifundiários. Paulinelli era do PFL. Agradece, ainda, a uma série de “executivos”. Também agradece a Carlos Andreazza, “meu editor”, da Ed. Record. 

O livro tem fontes tão ruins como o autor.

Fontes como a revista “Exame”, a “Folha de São paulo”, o “Estadão”, revista Veja, “Uol”, jornal Valor, dados do Ministério da Agricultura sob a gestão de Maggi no governo de temer, da Monsanto etc.

O jornalista Nicholas Vital trabalhou na revista “Exame” na “istoÉ Dinheiro”, claro.