O elogio de Gibbon ao cristianismo, ao catolicismo.

A concepção política cristã foi descrita, em parte, inclusive por Edward Gibbon, no livro (Declínio e queda do império romano”, São Paulo, Ed. Companhia das Letras, 1989, p. 195). Muitos escritores, que não leram Gibbons, só apontam textos ruins deste autor, mas há textos ótimos, de elogio ao cristianismo, no fundo, ao catolicismo. 

Gibbon faz a pergunta: “por que meios a fé cristã obteve vitória tão notável sobre as religiões” pagãs.

A resposta de Gibbon é: “graças à convincente evidência da própria doutrina e à divina Providência do seu grande Autor”.

Além disso, “como a sabedoria da Providência condescende frequentemente em fazer das paixões do coração humano e das circunstâncias gerais da humanidade os instrumentos com que executa o seu propósito”, houve várias “causas segundas”.

Dentre estas, destacam-se: “o zelo” dos cristãos; “a doutrina de uma vida futura”; “os poderes miraculosos” (milagres); “a pura e austera moralidade dos cristãos” em prol do bem de todos; e “a união e a disciplina da república cristã, que formou aos poucos um Estado independente que se desenvolveu no coração do império romano”, transformando-o o Império Romano numa República cristã, mais humana.