Leão XIII defendeu intensa militância política dos católicos, para “a defesa, conservação e o aumento das coisas públicas”

Leão XIII foi elogiado, dentre outros autores, por Eça de Queiroz, Zola, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa.

Este papa, na encíclica “Libertas” (1888), escreveu (n. 53) uma apologia à militância política (reprisada por Pio X):

“53. É louvável tomar parte na administração dos negócios públicos” (…) “a Igreja aprova que todos unam os seus esforços para o bem comum, e que cada um, segundo a sua possibilidade, trabalhe para a defesa, a conservação e o aumento das coisas públicas”.

54. A Igreja também não condena que se queira libertar o país do poder estrangeiro ou dum déspota (...). Finalmente, muito menos ela censura aqueles que trabalham para dar aos municípios o benefício de se regerem pelas suas próprias leis, e aos cidadãos todas as facilidades para o aumento do seu bem-estar. Para todas as liberdades civis isentas de excesso, a Igreja teve sempre o costume de ser uma fidelíssima protetora, o que é atestado especialmente pelas cidades italianas, que encontraram sob o regime municipal a prosperidade, o poder e a glória”.