A desgraça e a abominação do consumo conspícuo, do luxo

Li que uma firma européia construiu, a pedido de um bilionário burro, uma garrafa de ouro, com bebida, acho que vodca. A maldita garrafa vale uns quatro milhões de reais.

Há iates que valem cem milhões, carros idiotas de dez milhões, malditas mansões de meio bilhão de reais etc.

Os donos destas porcarias deveriam morrer de vergonha, se tivessem cérebros sadios. Como não têm nada na alma, a boa solução é um bom extenso Estado social. Um Estado que tire o supérfluo, via tributação redistributiva, exproprie o excesso, distribua os bens. 

Eu me lembro de como eu gostei da leitura do livro “Economia”, de Samuel Smiles (1812-1904). Relacionei os melhores textos de Smiles com os textos estoicos, dos Santos Padres e da Bíblia. Claro que Smiles era individualista, não apreciava estatais. Um grave erro. O correto é cultivar a economia, moderação, sendo também um defensor de um extenso Estado social, popular, controlado pelo povo organizado, pelos trabalhadores. 

A parte dos textos de Smiles sobre a importância da economia, do autocontrole, da aversão profunda aos gastos conspícuos, esta parte é muito boa e recomendo.

Darwin gostava dos textos de Samuel Smiles, e eu também gosto.