O projeto divino de libertação, lei natural, ideias práticas da razão gerando o bem comum

O projeto divino é o autogoverno pessoal e social, planos de autodeterminação, pautar a vida pelo diálogo, o que exige transparência, verdade, participação de cada pessoa na vida pública, social.

O caminho da religião é o caminho do direito natural, social, o caminho (regras) do bem comum.

Neste sentido, o então bispo, Dom Eugênio Pacelli, quando era núncio na Alemanha, em 1926, destacava a “primazia do direito” contra o “sombrio demônio da força”. Pacelli (depois, em 1939, elevado ao cargo de Papa, como Pio XII) contrapunha “o gentil império dos direitos legais” à “ideia brutal do poder”.

Os cristãos são chamados a serem missionários da paz e do direito.

O poder deve estar submisso ao direito, para ser um poder bom, e não um “poder das trevas”

Cícero, no livro III, XVII, da obra “Da República”, explicou: “a razão reta” é a razão “conforme à natureza, gravada em todos os corações” (no núcleo da consciência humana), “cuja voz ensina e prescreve o bem, afasta do mal que proíbe e, ora com seus mandatos [regras. insights], ora com suas proibições, jamais se dirige inutilmente aos bons, nem fica impotente ante os maus” (é a mesma ideia central de Sócrates, de Sófocles, dos estoicos, Sêneca e São Paulo).

A voz da razão tem a “Deus”, como “inventor, sancionador e publicador, não podendo o homem desconhecê-la sem renegar-se a si mesmo, sem despojar-se do seu caráter humano e sem atrair sobre si a mais cruel expiação” (desgraças, tristeza, ruínas, cf. o padre jesuíta Raynal).