Os bispos católicos alemães contra o nazismo, o racismo, o imperialismo etc

Em 20.08.1935, os Bispos alemães (com destaque para os cardeais Faulhaber e Adolf Bertram), em um carta pastoral coletiva contra o nazismo (houve várias Cartas Pastorais conjuntas e encíclicas e discursos papais no mesmo sentido), atacaram as leis iníquas do nazismo, escrevendo que se as leis forem injustas (contrariando as idéias e os interesses dos mais pobres, da maior parte da sociedade), devem ser desobedecidas:

“Colidindo as leis do Estado com o direito natural e os Mandamentos de Deus, vem ao caso a palavra dos primeiros apóstolos que, por ela, se deixaram açoitar e atirar no cárcere: é preciso obedecer mais a Deus do que aos homens”.

A doutrina cristã proíbe formalmente a idolatria do Estado, da riqueza privada, a adoração das autoridades, tal como do capital ou do dinheiro.

A Igreja condenou o nazismo, o fascismo, o capitalismo, o comunismo (estatização total dos bens com ditadura, neste sentido), o racismo etc.

A doutrina da Igreja quer, em linhas gerais, um Estado social, mercado formado por pequenas e médias empresas familiares, estatais, cooperativas, camponeses e agricultura familiar como base da agricultura, democracia participativa etc. 

O Estado deve ser apenas um serviçal do povo, um bom prestador de serviços.