Uma boa lição de Bento XVI – cultura cristã tem base em Israel, gregos e romanos

Bento XVI, no discurso no Parlamento Alemão (22.09.2011), resumiu bem as fontes da teoria política tradicional e das ideias econômicas da Igreja.

O papa destacou que “a cultura da Europa [cristã] nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa” e, acredito, faz parte essencial do núcleo central do cristianismo.

O cristianismo nasceu de uma síntese humana e divina.

Esta síntese está aberta a toda verdade, venha de onde vier. Por esta razão, o cristianismo, ao longo dos séculos, vai crescendo, como todo ser vivo, ao contato com as demais culturas e ideias filosóficas, científicas etc.

Por exemplo, na Ásia, está em curso uma síntese entre cristianismo e hinduísmo, budismo, xintoísmo, taoísmo etc. Esta síntese nasce do diálogo fecundo. 

O cristianismo é eclético, é ecumênico, pois acolhe sempre o trigo, rejeitando o joio, na linha do ensinamento bíblico.