Lei natural, para a Igreja, são as ideias práticas e dialógicas que protegem e melhoram a natureza, a criação

O primado das pessoas é a ordem natural e racional da sociedade.

É natural mover-se à luz da razão e ter acesso aos bens na medida das necessidades, pela regra bíblica “a cada um de acordo com suas necessidades”, que expressa a destinação universal dos bens para assegurar a todos bens para uma vida digna, plena e feliz.

Fomos feitos para a co-criação do Universo, para continuar o processo da criação, em curso, numa parusia perpétua, infinita, em evolução constante. 

Como destacou Santo Agostinho, há uma ordem natural na vida (“ordem humana das coisas”, cf. Pio IX, na “Noscitis et Nobiscum”, de 08.12.1849), que é pautar-se pela luz natural da razão, da consciência.

Santo Agostinho explicou que a ação divina visa proteger e melhorar a criação, a natureza.

Lei natural são as ideias práticas que protegem e melhoram a natureza, especialmente a natureza humana. 

A graça, a revelação, os sacramentos e a fé aperfeiçoam (realizam) a natureza, elevando-a por dentro, e nunca a eliminando, destruindo ou negando-a. Especialmente a luz da razão e os afetos são mantidos e aperfeiçoados.

O movimento á luz da razão e dos bons afetos (e dos instintos e para benefício do corpo) é o movimento natural ao ser humano, às pessoas e à sociedade.

Os “alicerces da sociedade” (cf. Leão XIII, na “Quod Apostolici Muneris”, 28.12.1878) são as regras (ideias práticas do povo) racionais e benéficos a todos, são as regras gerais (racionais e sociais) do bem comum.