O mercantilismo não tinha obsessão por ouro, e sim por industrialização

O mercantilismo não era focado em ouro. O objetivo era uma balança comercial superavitária, ou seja, exportar mais do que importar. Para isso, o Estado deveria proteger o mercado interno e a industrialização, a formação de manufaturas.

As principais manufaturas e companhias eram estatais. Na França, hoje, ainda existem manufaturas reais, estatais, criadas por Colbert. 

A balança de comércio superavitária geraria entrada de ouro, por causa do excedente, do fato das exportações superarem as importações.

Para isso, o Estado criaria ou ajudaria a criar manufaturas e companhias, para industrializarem as matérias primas, impedindo a importação de mercadorias industriais e favorecendo a exportação apenas de produtos industriais.

Logo, caberia ao Estado criar monopólios públicos, estatais e controles públicos, industrializando o país. Foi este o objetivo principal de Colbert.

Por isso, Mably, Voltaire, Diderot, Galiani, Necker e outros elogiaram o colbertismo.

Como Engels observou, no “Esboço de economia política”, o mercantilismo tinha como base teórica o catolicismo.

Mais tarde, List, Carey e outros mostraram, com base na experiência, a importância do protecionismo para desenvolver as forças produtivas de uma nação.

Conclusão – apoio estatal à industrialização, proibição de exportar matérias primas, estatais, controles públicos da economia, controles estatais do câmbio, controle estatal sobre a moeda, controle estatal do crédito, controles e regras públicas para a economia, tudo isso ainda é atual, ponto que Hans Singer demonstrou.