Igreja não quer neoliberalismo, e sim Estado social, economia mista, democracia popular participativa

Pio XII, na alocução de 10.06.1955 ao IV Congresso Internacional do Petróleo, disse que “as riquezas naturais de uma região, de um país, de um continente, estão destinadas não só ao proveito econômico de um pequeno número, e sim ao melhoramento das condições de vida materiais, em primeiro lugar, mas também, e sobretudo, morais e espirituais” de todas as pessoas, a começar pelas da região produtora. 

Como explicou Leão XIII, na “Immortale Dei” (1885), “as leis, as instituições, os costumes” e “todas as categorias e todas as relações da sociedade civil” devem ser justas, organizadas para proteger e ampliar o bem comum. Se a sociedade for “organizada assim”, dará “frutos superiores a toda expectativa”, assegurando a todos “a verdadeira liberdade sob diversas formas”.

Pio XII, em 11.03.1945, disse que “já é tempo de… pensar…numa nova organização das forças produtivas do povo” baseada na “solidariedade”, baseada no “bem comum”, nas “exigências de toda a comunidade”.