Paul Maximilien Littré, um santo leigo, convertido

Paul Maximilien Littré (1801-1881) foi um dos principais sucessores de Comte.

Littré (como antes Voltaire), converteu-se ao catolicismo antes de morrer e recebeu um grande elogio feito por Louis Pasteur, na Academia da França.

O padre J. F. Six escreveu sua biografia, com o título “Um santo leigo. Pesquisas sobre o comportamento de Emile Littré” (1960).

Littré, antes da conversão, associou-se com a antiga esposa de Comte (que já estava separada por mais de 20 anos do marido) e atacou o “Testamento” deste filósofo, que seria nulo por Comte estar com as faculdades intelectuais perturbadas.

Como conta Dubuisson, o procurador Herbelot validou o testamento, dizendo que querer elaborar uma religião “natural, normal, racional, científica, humana” não podia ser considerado prova de loucura. Ao contrário, seria algo muito lúcido e esta religião é o catolicismo, a meu ver. A “religião da humanidade” tinha como miolo principal a “fraternidade”, o “amor”, o que mostra claramente as raízes (fontes) católicas do melhor do positivismo.