Maçonaria deveria abandonar anticlericalismo e liberalismo econômico

Alec Mellor, possivelmente o melhor historiador maçonico, reconhece alguns méritos em De Maistre, especialmente pelo fato deste considerar que “o objetivo futuro da Franco-Maçonaria” seria “realizar a unidade das confissões cristãs separadas”.

Este mérito foi principalmente de católicos dentro da Maçonaria, especialmente os católicos jacobitas da Escócia, em luta contra seu governo absolutista. E há mérito em vários anglicanos, dentro da Maçonaria, que buscavam a unidade da Igreja. 

De fato, se a maçonaria abandonasse o anticlericalismo e retomasse seus fundamentos históricos e matrizes cristãs, como quer Alex Mellor, poderia ter um papel histórico positivo no ecumenismo abrangente e unificador, via diálogo.

No mundo judaico, a corrente do judaísmo reconstrucionista, ligado a Mordecai Kaplan, defende um judaísmo ético e aberto, ecumênico.

Ocorre o mesmo com o judaísmo humanístico, em Detroit; e outras correntes humanistas mais afastadas do Talmud.

Lembro que correntes muito ligadas ao Talmud, os ortodoxos, têm muitos pontos em comum com a Igreja, frise-se, pois guardam mais as Tradições judaicas, comuns a católicos e a judeus ortodoxos.