As ligações das áreas semitas com a Índia e a China, elos da transmissão das ideias semitas sobre Deus

O cristianismo iniciou sua difusão efetiva pela Síria. Por Damasco (cidade perto de Nazaré, que pode ter sido o lugar do “caminho de Damasco”), Antioquia, Tarso, Edessa e outras cidades, banhadas pela cultura persa e estóica.

Antioquia era a ligação principal com a China (foram encontradas cerâmicas chinesas em Antioquia), era a cidade-elo da rota da seda, que passa pela Pérsia, pela Índia e vai até perto de Pequim, na China.

A Índia e a Suméria (região Mesopotâmia, de Babilônia, Ur e outras) tinham relações de comércio e culturais bem antigas, com provas arqueológicas destas relações antes de 2.000 a.C. Depois, os arianos, semitas do planalto do Irã, invadiram a Índia, em torno de 1.500 a.C.. Os semitas invadiram o Egito no período entre 1750 e 1500 a.C., quando os hebreus prosperaram no Egito. Os semitas influenciaram o Egito e a Índia. 

Na “era axial”, os anos de 500 a.C., boa parte da antiga Índia, que fica hoje no Afeganistão e no Paquistão, esteve sob o governo persa, por 180 anos. 

O documento “Ecclesia in Asia”, de João Paulo II, tem um grande elogio da Ásia, tal como da Rota da Seda, que passava por Antioquia, elo entre o mundo cultural semita e o mundo cultural da Índia e da China:

6. A Ásia é o continente mais vasto da terra e a casa de aproximadamente dois terços da população mundial, contando a China e a Índia quase metade da população total do globo. A característica mais notável do Continente é a variedade das suas populações, que são “herdeiras de antigas culturas, religiões e tradições”(…).

9 Não podemos deixar de ficar maravilhados perante a imensidão da população da Ásia e o complexo mosaico das suas múltiplas culturas, línguas, crenças e tradições, que abrangem uma parte substancial da história e do patrimônio da família humana. (…)

Partindo de Jerusalém, a Igreja dilatou-se até Antioquia, Roma e mais além.

Chegou à Etiópia a sul, à Citia a norte, e à Índia a oriente, onde, segundo a tradição, esteve o apóstolo S. Tomé pelo ano 52 e fundou Igrejas no sul da Índia. O espírito missionário da Comunidade Síria Oriental dos séculos III e IV, com centro em Edessa, foi notável. As comunidades ascéticas da Síria foram uma força considerável de evangelização na Ásia desde o século III em diante. Elas deram energia espiritual à Igreja, sobretudo durante os tempos de perseguição. A Armênia foi a primeira nação em bloco a abraçar o cristianismo; isto deu-se no final do século III, preparando-se ela agora para celebrar os 1700 anos do seu batismo. Pelo fim do século V, a mensagem cristã chegou aos Reinos Árabes, mas por diversas razões, sendo uma delas as divisões entre cristãos, a mensagem não conseguiu lançar raízes entre estes povos.

Comerciantes persas levaram a Boa Nova até à China no século V.

A primeira igreja cristã foi lá construída no início do século VII. Durante a dinastia T’ang (618-907), a Igreja floresceu por cerca de duzentos anos. O declínio desta entusiasta Igreja da China, nos fins do primeiro milénio, é um dos capítulos mais tristes da história do Povo de Deus no Continente”.