O ecletismo é a marca do catolicismo, ecumênico, aberto

Como explicou Victor Cousin, “Potamon”, alexandrino e platônico, é tido como o fundador do sistema do ecletismo, do platonismo eclético, em boa aliança e dupla com o estoicismo médio.

O termo ecletismo vem do grego “eklektikos”, “o que escolhe”, do verbo “eklegein”, de escolher. Em latim, “eligere”, eleição, escolha, colheita do trigo, deixando o joio, discernimento, a base da prudência, que separa o bem do mal, que só escolhe o que é bom, o que é verdadeiro, como recomendou expressamente São Paulo. 

Na Medicina, houve a Escola Eclética de Medicina, com estrelas como Cláudio Galeno, homem de grande cultura e teísta, monoteísta, quase cristão, cujos textos sobre medicina e filosofia são ainda luminosos e excelentes. 

Huet, no livro “Tratado da fraqueza do espírito humano” (n. 223, 1741), explica corretamente que os ecléticos adotavam o “método de tomar de todas as partes o que lhes parecia melhor”.

Diderot e D`Alembert, no verbete “Ecletismo”, na “Enciclopédia”, elogiam o “eclético”, que “ousa pensar por si mesmo”, que examina “todas as filosofias” e forma um ideário “particular e doméstico”, próprio.

O ecletismo, como explicou Victor Cousin, visa “discernir” o “verdadeiro do falso”, nas “diversas doutrinas”, “depurando”, para formar “uma doutrina melhor e mais vasta”, uma síntese mais elevada, como diria Hegel.

O ecletismo, no sentido mais correto, é o ecumenismo (universalismo, catolicismo), é a aceitação de todas as verdades, de todas as fontes.